Ao chegar em casa, Colombina olha um bilhete sobre a mesa da sala. Ao abri-lo,
percebeu que era de Pierrot. E dizia assim:
Colombina estou cansado de ficar no banco esperando sua boa vontade, de
viver como reserva que nunca sabe quando entrará em campo.
Quando te conheci, pensei que você era só uma boa amiga. Mas com o
passar dos dias, as coisas foram ficando mais sérias, e a cada dia que convivi
contigo fui me apegando e me apaixonando mais e mais. Talvez eu confundi os
sentimentos que você alimentou até nosso ultimo contato. Ou talvez eu sou um
tolo que se deixou apaixonar por um papo clichê.
Será que é muito egoísmo de minha parte querer ser o “Alpha” em seu
coração e em sua vida?
Não mas serei o plano B de seus dias insertos. Quero viver dias de sol
junto a ti, quero andar de mãos dadas pelo parque, quero dividir um pequeno
guarda-chuva em meio às gostas teimosas que querem nos molhar no inverno.
Tudo na vida tem um limite, e eu cheguei ao meu. Pois te ver com outro
cara é torturante. E se não é de fato feliz ao lado dele como você sempre
alegou, por que ainda esta com ele? Se me ama tanto quanto diz, por que não dar
um basta nesse drama de novela mexicana?
Não sou um livro empoeirado na prateleira. Logo, não lhe esperarei para
sempre! Você sabe como e onde me encontrar, e no dia que quiser algo sério me procure.
Só não ache que vou lhe esperar para sempre.
Atenciosamente: Pierrot