Se eu fechar os olhos, consigo
lembrar perfeitamente daquela manhã de domingo. Eu não dormir, passei a noite
toda admirando tamanha perfeição a minha frente. E gradativamente o dia ia se
fazendo presente. A Luz entrava pelas brechas da cortina improvisada, e
iluminava aquela macia pele alva. Em tons de escuro, via a perfeição em curvas,
como se fosse uma pintura renascentista.
Suas mãos seguravam a minha mão
esquerda e em alguns momentos recebia leves apertos. Creio que o sonho estava
bom, pois seu semblante emana um sorriso mágico. Seus cabelos castanhos escuros
levemente ondulados voam suave com o vento do ventilador.
Seu cheiro exalava em todo o
quarto. Um cheiro de bosque na primavera, onde eu conseguia imaginar as
borboletas e pássaros no campo, uma cerejeira centenária com um píneo amarrado
logo há baixo de seu galho mais forte. Seus pés se entrelaçavam aos meus, seu
corpo colava-se ao meu.
Algumas horas se passaram e eu
continuei ali apenas aproveitando cada instante, olhando atentamente cada gesto
do corpo daquela fantástica obra de arte. Até ela abrir os olhos, e mostrar-me
o quão o castanho dos seus olhos escuros era claro. Seus longos cílios curvos davam um charme a
mais ao seu olhar.
Ela estava sem maquiagem, com o
semblante de sono e cabelos bagunçados. Mas nada chegaria aos pés de tamanha
beleza. Um olhar puro e sedutor e sua voz suave quebrando o silêncio.
-Que horas são essas? – Perguntou
ela
-Eu não faço ideia, mas sei que o sol está brilhando lá fora. – Respondi a ela
-Eu não faço ideia, mas sei que o sol está brilhando lá fora. – Respondi a ela
Então ela sorriu e eu disse que
ela poderia dormir mais um pouco enquanto preparava algo para comermos.
E assim aconteceu. Fui para a
cozinha e preparei o que dava para preparar. Não foi nada muito romântico e/ou
inesquecível. Era algo simples. Se não me falha a memória, eram torradas
bronzeadas com geleia de amora e suco de uma fruta típica da cidade onde
estávamos. Servi o desjejum na cama com medo de não agrada-la, mas ela não se
importou e comeu sem falar muito. No final ela disse que estava muito bom e
agradeceu.
Passamos o dia conversando e
sorrindo. E juro que aquele dia estava tão perfeito que eu não queria que
terminasse. Mas era inevitável do fim chegar.
Quando o relógio acusou 19:20, ela disse que teria que ir. Pois morava muito longe de onde estávamos. Por mais que eu quisesse que ela ficasse, não insisti.
Acompanhei-a até o ponto de ônibus e ficamos conversando coisas aleatórias, e várias vezes o silencio se fez presente naquele momento. Parecia que nem ela e nem eu queria que aquele momento acabasse. Mas mesmo assim nenhum de nós falou nada.
Quando o ônibus que ela pegaria se aproximou, eu a abracei forte, e segurei suas mãos. E baixinho sussurrei em seu ouvido.
Quando o relógio acusou 19:20, ela disse que teria que ir. Pois morava muito longe de onde estávamos. Por mais que eu quisesse que ela ficasse, não insisti.
Acompanhei-a até o ponto de ônibus e ficamos conversando coisas aleatórias, e várias vezes o silencio se fez presente naquele momento. Parecia que nem ela e nem eu queria que aquele momento acabasse. Mas mesmo assim nenhum de nós falou nada.
Quando o ônibus que ela pegaria se aproximou, eu a abracei forte, e segurei suas mãos. E baixinho sussurrei em seu ouvido.
-Obrigado pelo dia fantástico!
-Eu é que agradeço. A propósito, eu moro no em Pigalle, todo mundo me conhece lá. Pergunte por Colombina e rápido me encontrará. Será ótimo ter mais dias como esse em minha vida. – Ela retrucou.
- Sim, procurarei. Será uma honra dividir mais dias perfeitos ao seu lado.
-Eu é que agradeço. A propósito, eu moro no em Pigalle, todo mundo me conhece lá. Pergunte por Colombina e rápido me encontrará. Será ótimo ter mais dias como esse em minha vida. – Ela retrucou.
- Sim, procurarei. Será uma honra dividir mais dias perfeitos ao seu lado.
E assim sigo meus dias, com lembranças de uma volúpia vivida em Paris. Estranho seria ir a Paris e não viver uma grande paixão.