quarta-feira, 7 de novembro de 2012

JB Park Flâneur (Part. 1)



“Um dia só pra diversão e sorrisos” é o que esperei todo esse tempo. Mas não pude fazer antes, pois não era feliz o suficiente pra isso. Mas ai chegou o melhor parque de diversões do mundo, popularmente conhecido como JB Park.  Cujo slongan é “Onde tudo é possível e ser feliz é a única e principal regra”.

Me arrumei todo, pus o meu perfume preferido de cedro e fui atrás da minha felicidade.

No meio do caminho conheci a Flâneur -Não sei se esse era realmente o seu nome, mas achei fascinante- Ela era linda, sorriso majestoso, expressões fortes, mãos compridas e um olhar magnânimo.
Pegamos o mesmo coletivo no terminal, e descobri que ela estava indo para o mesmo lugar que eu . Para muitos poderia ser só uma coincidência do destino, mas para mim, uma força maior tinha predestinado tudo aquilo.

Puxei da mochila minha Olympus Pen para registrar cada momento, e então descobri que ela amava fotografia e arte em geral. –Era tudo tão ao extremo que eu deixei todas as mascaras de lado e fui apenas eu- Ela é desenhista de moda e nas horas vagas via ao cinema de cultura da cidade, ama animais e musica alternativa experimental.

Ao chegar ao parque de diversões, fomos andando e explorando o lugar, e entre sorrisos e conversas, senti borboletas no estomago.  Comentei com ela que eu estava me sentido super bem com a companhia dela. Ela apenas sorriu timidamente e continuamos a andar. Fomos em todos os cantos do parque e as horas passavam tão rápido que cheguei a sentir raiva do tempo.

"Em certa hora meu coração faltou sacar de meu peito e até cogitei estar apaixonado repentinamente! Vai entender esse tal coração." (Risos)
Convidei-a para ir à roda gigante, pois o sol estava se pondo e eu queria tornar tudo aqui mais mágico possível. Ao chegar no ponto mais alto, o brinquedo parou e por um impulso a beijei.

Tenho certeza que o mundo parou naquela hora! Parecia um filme, ou conto de livros de poesia.  Um beijo calmo como a brisa que passava por nós que durou tempo suficiente para ser lembrado pela eternidade.

Nessa hora o por do sol era apenas um detalhe eternizar esse momento. Então abrimos os olhos e ela segurou minha mão forte e disse “Aprendi com o tempo que enquanto não for a hora do ponto final, a história vai continuar acontecendo”. Olhei no olhos dela e retruquei.
“Você e seu olhar flâneur, que me analisa como um todo, de forma real e descritiva. Fico me perguntando se estou tão perto assim da teoria inexistente de perfeição.”

Ela me beijou no canto da boca e susurrou baixinho “tenho que ir, nos encontramos a qualquer hora entre as vírgulas e pontos contínuos. Tenha certeza que em meu silencio você nunca terá um ponto final.



(Texto com paráfrase da Blogueira   )


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