“Um dia só pra
diversão e sorrisos” é o que esperei todo esse tempo. Mas não pude fazer antes,
pois não era feliz o suficiente pra isso. Mas ai chegou o melhor parque de
diversões do mundo, popularmente conhecido como JB Park. Cujo slongan é “Onde tudo é possível e ser
feliz é a única e principal regra”.
Me arrumei todo, pus o meu
perfume preferido de cedro e fui atrás da minha felicidade.
No meio do caminho conheci a
Flâneur -Não sei se esse era realmente o seu nome, mas achei fascinante- Ela
era linda, sorriso majestoso, expressões fortes, mãos compridas e um olhar magnânimo.
Pegamos o mesmo coletivo no
terminal, e descobri que ela estava indo para o mesmo lugar que eu . Para
muitos poderia ser só uma coincidência do destino, mas para mim, uma força
maior tinha predestinado tudo aquilo.
Puxei da mochila minha Olympus
Pen para registrar cada momento, e então descobri que ela amava fotografia e
arte em geral. –Era tudo tão ao extremo que eu deixei todas as mascaras de lado
e fui apenas eu- Ela é desenhista de moda e nas horas vagas via ao cinema de
cultura da cidade, ama animais e musica alternativa experimental.
Ao chegar ao parque de diversões,
fomos andando e explorando o lugar, e entre sorrisos e conversas, senti
borboletas no estomago. Comentei com ela
que eu estava me sentido super bem com a companhia dela. Ela apenas sorriu
timidamente e continuamos a andar. Fomos em todos os cantos do parque e as
horas passavam tão rápido que cheguei a sentir raiva do tempo.
"Em certa hora meu coração faltou
sacar de meu peito e até cogitei estar apaixonado repentinamente! Vai entender
esse tal coração." (Risos)
Convidei-a para ir à roda gigante,
pois o sol estava se pondo e eu queria tornar tudo aqui mais mágico possível.
Ao chegar no ponto mais alto, o brinquedo parou e por um impulso a beijei.
Tenho certeza que o mundo parou
naquela hora! Parecia um filme, ou conto de livros de poesia. Um beijo calmo como a brisa que passava por
nós que durou tempo suficiente para ser lembrado pela eternidade.
Nessa hora o por do sol era
apenas um detalhe eternizar esse momento. Então abrimos os olhos e ela segurou
minha mão forte e disse “Aprendi com o tempo que enquanto
não for a hora do ponto final, a história vai continuar acontecendo”. Olhei no
olhos dela e retruquei.
“Você e seu olhar flâneur, que me
analisa como um todo, de forma real e descritiva. Fico me
perguntando se estou tão perto assim da teoria inexistente de perfeição.”
Ela me beijou no canto da boca e susurrou baixinho “tenho
que ir, nos encontramos a qualquer hora entre as vírgulas e pontos contínuos. Tenha
certeza que em meu silencio você nunca terá um ponto final.
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