quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Diálogos e pensamentos



Fausto (numa voz surda, piedosamente):

O tédio é para o amor o mesmo que o absinto:
este envenena o corpo, aquele mata o instinto...
Teus amores, D. João, não passam, resumidos,
da cega exaltação dos teus próprios sentidos.

D. João (cismarento):

Creio que tens razão... Nesta vida sem calma
muitos corpos possui à procura de uma alma.
Para mim era o amor um vinho rosicler
na taça úmida e em flor de uns lábios de mulher!

[Trecho do texto Dramatis personæ  de Menotti Del Picchia]

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