sábado, 23 de novembro de 2013

Uma carta para você




Paris, 21 de setembro de 1986


Querida Juliette,


Eu tentei dizer-lhe o quanto és importante, mas as palavras não saíram. Então usei versos harmônicos, mas na hora “H”, nada soou harmônico. Comparei-lhe com a as sete maravilhas do mundo, mas pareceu tão brega a comparação, que permiti que o silêncio vibrasse entre nós.
Eu não soube explicar a sua perfeição. Apesar de não existir perfeição, mas a simplicidade de seus atos lhe torna perfeita. (eis a contradição)

Um sorriso majestoso, em um dia cinzento; Um passo rodopiante enquanto o carro passa com o som alto; A forma como mexe os olhos, quando toma sorvete; A eletricidade que doce lhe causa; A segurança que passa com um só abraço; O tom da sua voz; A sua juba, após acordar; A forma como um afago (por mais simples que seja) lhe relaxa, mesmo depois de um duro dia de trabalho.

Lhe quero todas as manhãs, todas as tardes e noites, de verão a verão, até que o ciclo da vida nos leve com o vento. Não importa se de segunda à sexta, terei que levar e buscar o Pietro na escola, e se todas as terças e quintas a noite, eu tenha que me virar para buscar a pequena Sophie no ballet. Não me importo de ter um cachorro chamado Beethowen e uma gatinha chamada Mary.

Com você quero apenas gozar de bons ventos e lindos fins de tarde, em uma cabana a beira mar no Hawai, com nossos filhos e animais. Quero que amor não seja o único laço que nos une. Pois somos amigos, parceiros de batalha, marido e mulher. Quero poder reconquista-la todos os dias e ama-la todas as horas.

Com amor, Scot.


P.S.: Quando você estiver terminando de ler esta carta, olhe para o nosso jardin. Terminei  de pintar a cerca que você pediu. 



sábado, 16 de novembro de 2013

Por um pouco de sanidade e silêncio



Quanto ao meu amor, calo-me.
Calo-me para não criar esperanças,
Calo-me para não frustrar minhas poucas lembranças,
Calo-me para ouvir o que o vento tem a me dizer,
Calo-me, pois talvez assim eu possa te esquecer.

Quanto às dores, calo-me para não expor minhas mágoas,
Calo-me para que essa dor seja liberta por minhas lagrimas,
Calo-me para que suas fotos continuem guardadas no fundo da gaveta,
Calo-me então para buscar respostas no universo com minha luneta.

Quanto as lembranças, calo-me a todo instante.
Calo-me quando seu cheiro de doce com gordura saturada vem,
Calo-me quando escuto aquela musica que nos fazia tão bem,
Calo-me sobre tudo que vem de ti.


E assim permanecerei em silêncio para não admitir que sempre amarei você!


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Son parfum



"E invadiu as narinas e a pele do meu rosto, esse cheiro que só os teus poros exalam. E me roubou um arrepio do corpo e uma vontade intensa de ter um longo abraço, daqueles que roubam o coração. E sem querer meu pensamento desvia de sua serenidade e rouba um beijo desses teus lábios que ainda sinto nos meus em alguns sonhos que teimam em me perturbar durante a noite. E quando neles vejo seus olhos, perco toda forma de sanidade que ainda teima em permanecer. Mas por fim eu me perco nessa tua pele que vibra emoções e que talvez ainda sinta amor." 
(Priscila Coelho)

Devaneio sujo de tinta



 "E mais uma noite se vai, repleta de vazios e esperanças frustradas"

Ao seu lado está alguém que talvez nem te mereça, alguém que não te valoriza nem como pessoa e nem como mulher. Eu sei que não me cabe julgar ninguém. Afinal, quem sou eu nessa história? Um amigo, um conhecido ou alguém que o tempo levará como poeira ao vento?

Devo admitir que a cada dia que passa, tenho mais convicção de que no final dessa historia nós vamos seguir caminhos opostos, como você mesma falou. Talvez eu siga meu sonho californiano e você vá para algum lugar no mundo onde você possa se isolar em seu universo paralelo.

Varias coisas que foram ditas, foram erros. E se desculpar não fará voltar o tempo. Mas além de palavras ditas, existem as omitidas, e as atitudes infantis que deixei passar para não te magoar.

Agora me pergunto se vale mesmo a pena segui adiante com esse louco delírio inconstante. Pois o tempo não espera por ninguém, os rios sempre evaporaram e as ondas sempre quebram. Por algum tempo achei que em você eu tinha encontrado minha paz, um ponto de equilíbrio em meio ao meu rotineiro caos. Mas nada passou de um mero devaneio sujo de tinta, assim como toda história mal escrita.



sábado, 12 de outubro de 2013

Volúpia parisiense



Se eu fechar os olhos, consigo lembrar perfeitamente daquela manhã de domingo. Eu não dormir, passei a noite toda admirando tamanha perfeição a minha frente. E gradativamente o dia ia se fazendo presente. A Luz entrava pelas brechas da cortina improvisada, e iluminava aquela macia pele alva. Em tons de escuro, via a perfeição em curvas, como se fosse uma pintura renascentista.

Suas mãos seguravam a minha mão esquerda e em alguns momentos recebia leves apertos. Creio que o sonho estava bom, pois seu semblante emana um sorriso mágico. Seus cabelos castanhos escuros levemente ondulados voam suave com o vento do ventilador.

Seu cheiro exalava em todo o quarto. Um cheiro de bosque na primavera, onde eu conseguia imaginar as borboletas e pássaros no campo, uma cerejeira centenária com um píneo amarrado logo há baixo de seu galho mais forte. Seus pés se entrelaçavam aos meus, seu corpo colava-se ao meu.

Algumas horas se passaram e eu continuei ali apenas aproveitando cada instante, olhando atentamente cada gesto do corpo daquela fantástica obra de arte. Até ela abrir os olhos, e mostrar-me o quão o castanho dos seus olhos escuros era claro.  Seus longos cílios curvos davam um charme a mais ao seu olhar.

Ela estava sem maquiagem, com o semblante de sono e cabelos bagunçados. Mas nada chegaria aos pés de tamanha beleza. Um olhar puro e sedutor e sua voz suave quebrando o silêncio.

-Que horas são essas? – Perguntou ela
-Eu não faço ideia, mas sei que o sol está brilhando lá fora. – Respondi a ela

Então ela sorriu e eu disse que ela poderia dormir mais um pouco enquanto preparava algo para comermos.

E assim aconteceu. Fui para a cozinha e preparei o que dava para preparar. Não foi nada muito romântico e/ou inesquecível. Era algo simples. Se não me falha a memória, eram torradas bronzeadas com geleia de amora e suco de uma fruta típica da cidade onde estávamos. Servi o desjejum na cama com medo de não agrada-la, mas ela não se importou e comeu sem falar muito. No final ela disse que estava muito bom e agradeceu.

Passamos o dia conversando e sorrindo. E juro que aquele dia estava tão perfeito que eu não queria que terminasse. Mas era inevitável do fim chegar.
Quando o relógio acusou 19:20, ela disse que teria que ir. Pois morava muito longe de onde estávamos.  Por mais que eu quisesse que ela ficasse, não insisti.

Acompanhei-a até o ponto de ônibus e ficamos conversando coisas aleatórias, e várias vezes o silencio se fez presente naquele momento. Parecia que nem ela e nem eu queria que aquele momento acabasse. Mas mesmo assim nenhum de nós falou nada.
Quando o ônibus que ela pegaria se aproximou, eu a abracei forte, e segurei suas mãos. E baixinho sussurrei em seu ouvido.


-Obrigado pelo dia fantástico!
-Eu é que agradeço. A propósito, eu moro no em Pigalle, todo mundo me conhece lá. Pergunte por Colombina e rápido me encontrará. Será ótimo ter mais dias como esse em minha vida. – Ela retrucou.
- Sim, procurarei. Será uma honra dividir mais dias perfeitos ao seu lado.

E assim sigo meus dias, com lembranças de uma volúpia vivida em Paris. Estranho seria ir a Paris e não viver uma grande paixão.





quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Pensamentos para o catador de cinzas



Como todo escritor, tenho como meu fiel escudeiro um cinzeiro. Nada muito especial. Ele esta velho, arranhado, com cheiro de cigarros de anos e anos. Mas apesar do fardo pesado que ele carrega, não tenho do que reclamar dos vários anos de lealdade.

Em cada conto, cada poema, cada pensamento e musica, ele estava ao meu lado. Aparando as cinzas da minha alma. Fazendo o seu papel misterioso e calado de coletor de restos carburados pela solidão e falsas volúpias.

 Nele, foi depositado muitas amarguras. No entanto sorrisos de esperança e felicidade são recordados com saudade ao pensar em troca-lo. Mas tudo tem um fim. É triste, mas são fatos da vida. O fim está próximo, e quando menos esperamos “bumm” era uma vez.

É estranho pensar em se desfazer de algo que fez parte de seu dia-a-dia por anos, mas a regra dita como acontece o jogo. E essa regra é bem clara “começo, meio e fim”. Não adianta espernear, chorar, e/ou culpar o universo por tamanha injustiça. Pois de regra geral, sempre foi e sempre será assim.

O valor de tudo é dado todos os dias. Mesmo nos dias difíceis. Já que em dias de sol julga-se que não damos o devido valor a nada. Hora estamos leves e seguros de uma incerta certeza de pura ilusão. Hora estamos acordados e tentamos estar anestesiados, para não se deparar com o caos da realidade dos dias.

E agora olho para meu leal escudeiro de anos e penso em questões que nem mesmo os sábios poderiam me explicar. Minha mente acaba tornando-se um cenário de guerra de pensamentos. E tudo isso por conta de um leal cinzeiro. 




sábado, 13 de abril de 2013

Respire fundo, suba em silencio e controle a saudade




Com ela, escrevi os melhores poemas, cantarolei as melhores canções, “vibeei” as melhores vibes. E hoje quando ia ver o por do sol no nosso lugar de paz, ao passar pela escada cujo fizemos o 'poeminha do mijo no degrau”, percebi que nenhum por do sol é são especial quando parte de você não esta por perto. Amigos à distância, é a mesma coisa que morrer dolorosamente em silencio.

Nada fará/faria eu, Pierrot, acostumado a te ter por perto, ter que aceitar toda essa distância insuportavelmente dolorosa. Volte oh Colombina para os braços que quem lhe tem tanto apreço e lhe quer tão bem. Reduza esse longo sofrimento de 2970km para alguns poucos centímetros. Fique perto o suficiente para eu pegar em sua mão e nunca mais soltar.

Do tradicional poeminha do mijo no degrau (“Respira fundo e sobe, sobe, sobe, degrau, mijo, sobe, mijo, degrau, mijo, sobe, sobe, mijo, mijo, mijo”) adaptado a saudade que sinto..

"Respira fundo e sobe,
Sobe, sobe, em silencio,
Degrau, mijo, saudade,
Sobe, mijo, degrau, passos solitários,
Mijo, saudade, sobe,
Mijo, mijo, saudade, mijo."



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Paranoid Android




Nem todos os cigarros do mundo acalmariam meu "estado de espírito" nesse minuto. Tão pouco nem um tipo de antidepressivo pode acalmar meu corpo sedento de felicidade. Já que é meio difícil descrever a dor que se alojou em meu ser, a falta de cor do meu universo e o silêncio mórbido de meus dias. Pois tudo o que toco é frio, cinza e morto.

Minhas engrenagens estão desgastadas e enferrujadas, meu corpo de zinco mais parece ferro velho. E o coração? Que coração? Onde já se viu um androide com coração? Tudo que tenho são fios, cabos, chips e placas. Meus sentimentos se resumem a comandos cibernéticos, onde apenas obedeço a minha programação sistematizada em serie, e absolutamente nada me arrancaria uma lágrima do meu tão precioso fluído. Nem amores, nem pessoas, nem sentimentos, nem nada.

Quem sabe esse silêncio que ecoa em mim seja um breve exemplo do que sou para o mundo. Quem sabe eu sou apenas uma pilha de ferro retorcido ambulante, como dizem por ai. Quem sabe tudo que fiz pra ser alguém normal não serviu para exatamente nada.





domingo, 11 de novembro de 2012

Breve analise de um coração calado





Você só precisa pedir.
Pedir que eu lhe traga bolinhos com chá no fim de tarde.
Pedir que eu carregue as sacolas quando voltarmos do supermercado.
Pedir que eu lave as louças e bote as crianças pra dormir as 20hs.
Pedir para que eu não grite em cada gol do Flamengo nas quartas à noite.

Você só precisa me olhar.
Me olhar de canto de olho, pra saber que algo esta errado.
Me olhar com olhos baixos, pra saber que estas triste.
Me olhar com ar de doçura, pra saber que estas segura.
Me olhar daquele jeito, pra saber que tudo que você não me falar é sobre amor.

Você só precisa estar ao meu lado.
Estar ao meu lado, para horas virarem segundos.
Estar ao meu lado, para segurar minha mão forte durante uma musica.
Estar ao meu lado, para me abraçar e dizer “Eu estou aqui, vai ficar tudo bem”.

Você só não precisa me pedir amor, pois todo meu amor é seu.
Você não precisa me olhar com medo, pois estará sempre segura no meu peito.
Você não precisa estar sempre ao meu lado, pois sei que mesmo distante tudo que sinto é recíproco!



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

JB Park Flâneur (Part. 1)



“Um dia só pra diversão e sorrisos” é o que esperei todo esse tempo. Mas não pude fazer antes, pois não era feliz o suficiente pra isso. Mas ai chegou o melhor parque de diversões do mundo, popularmente conhecido como JB Park.  Cujo slongan é “Onde tudo é possível e ser feliz é a única e principal regra”.

Me arrumei todo, pus o meu perfume preferido de cedro e fui atrás da minha felicidade.

No meio do caminho conheci a Flâneur -Não sei se esse era realmente o seu nome, mas achei fascinante- Ela era linda, sorriso majestoso, expressões fortes, mãos compridas e um olhar magnânimo.
Pegamos o mesmo coletivo no terminal, e descobri que ela estava indo para o mesmo lugar que eu . Para muitos poderia ser só uma coincidência do destino, mas para mim, uma força maior tinha predestinado tudo aquilo.

Puxei da mochila minha Olympus Pen para registrar cada momento, e então descobri que ela amava fotografia e arte em geral. –Era tudo tão ao extremo que eu deixei todas as mascaras de lado e fui apenas eu- Ela é desenhista de moda e nas horas vagas via ao cinema de cultura da cidade, ama animais e musica alternativa experimental.

Ao chegar ao parque de diversões, fomos andando e explorando o lugar, e entre sorrisos e conversas, senti borboletas no estomago.  Comentei com ela que eu estava me sentido super bem com a companhia dela. Ela apenas sorriu timidamente e continuamos a andar. Fomos em todos os cantos do parque e as horas passavam tão rápido que cheguei a sentir raiva do tempo.

"Em certa hora meu coração faltou sacar de meu peito e até cogitei estar apaixonado repentinamente! Vai entender esse tal coração." (Risos)
Convidei-a para ir à roda gigante, pois o sol estava se pondo e eu queria tornar tudo aqui mais mágico possível. Ao chegar no ponto mais alto, o brinquedo parou e por um impulso a beijei.

Tenho certeza que o mundo parou naquela hora! Parecia um filme, ou conto de livros de poesia.  Um beijo calmo como a brisa que passava por nós que durou tempo suficiente para ser lembrado pela eternidade.

Nessa hora o por do sol era apenas um detalhe eternizar esse momento. Então abrimos os olhos e ela segurou minha mão forte e disse “Aprendi com o tempo que enquanto não for a hora do ponto final, a história vai continuar acontecendo”. Olhei no olhos dela e retruquei.
“Você e seu olhar flâneur, que me analisa como um todo, de forma real e descritiva. Fico me perguntando se estou tão perto assim da teoria inexistente de perfeição.”

Ela me beijou no canto da boca e susurrou baixinho “tenho que ir, nos encontramos a qualquer hora entre as vírgulas e pontos contínuos. Tenha certeza que em meu silencio você nunca terá um ponto final.



(Texto com paráfrase da Blogueira   )


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Tons de cinza





"Eu amo você! 
Mesmo com vazios, com silêncios, com segredos, com afagos tímidos
Mas mesmo assim, amo você!
Mesmo sabendo que eu estou fazendo tudo errado,
e que sem você ao meu lado nada será tão feliz e colorido." 







quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Apenas saudades




Se durmo, sonho com saudade.
Se acordo, passo o dia com saudade.
Se pego o celular, vejo fotos de saudade.
Se fecho os olhos, vejo você e sinto saudades.





domingo, 10 de junho de 2012

Plano B





Ao chegar em casa, Colombina olha um bilhete sobre a mesa da sala. Ao abri-lo, percebeu que era de Pierrot. E dizia assim:

Colombina estou cansado de ficar no banco esperando sua boa vontade, de viver como reserva que nunca sabe quando entrará em campo.

Quando te conheci, pensei que você era só uma boa amiga. Mas com o passar dos dias, as coisas foram ficando mais sérias, e a cada dia que convivi contigo fui me apegando e me apaixonando mais e mais. Talvez eu confundi os sentimentos que você alimentou até nosso ultimo contato. Ou talvez eu sou um tolo que se deixou apaixonar por um papo clichê.

Será que é muito egoísmo de minha parte querer ser o “Alpha” em seu coração e em sua vida?
Não mas serei o plano B de seus dias insertos. Quero viver dias de sol junto a ti, quero andar de mãos dadas pelo parque, quero dividir um pequeno guarda-chuva em meio às gostas teimosas que querem nos molhar no inverno.

Tudo na vida tem um limite, e eu cheguei ao meu. Pois te ver com outro cara é torturante. E se não é de fato feliz ao lado dele como você sempre alegou, por que ainda esta com ele? Se me ama tanto quanto diz, por que não dar um basta nesse drama de novela mexicana?

Não sou um livro empoeirado na prateleira. Logo, não lhe esperarei para sempre! Você sabe como e onde me encontrar, e no dia que quiser algo sério me procure. Só não ache que vou lhe esperar para sempre.

Atenciosamente: Pierrot




terça-feira, 29 de maio de 2012

O roteiro do quarto 14 (Part. 1)





Nossa historia começou assim, meio que por acidente, mas foi assim. Entre uma linha e outra, um blog aqui e outro lá, você descobriu este humilde blog lotado de devaneios e casos e acasos de uma súbita paixão entre Pierrot e Colombina.

O roteirista quis que fosse assim, pois assim ele escreveu...

Você no meio de uma aula chata, lendo blogs para passar o tempo, se depara com uma Page estranha e começa a ler.  E em cada vírgula, cada palavra, cada estrofe, você foi fazendo parte de cada conto descrito em pages decodificadas em HTML. Normalmente o leitor só ler uma ou duas páginas, mas você leu tudo. E como se não bastasse não se contentou só em comentar o texto.  Teve que procurar-me em outras redes sociais.

Enfim me encontrou e de um simples inbox, trocamos e-mails, mensagens diretas e coisas do tipo. Era tudo meio que surreal, pois parecia historias de contos de fada, que logo viraria a ser real. Pois ali estava o amor de Pierrot em carne e osso. Só que a alguns quilômetros de distância.

Não me contentei em só falar ao telefone, em só trocar sms e mensagens via msn. Eu queria aquilo tudo para mim, e tornar-lhe tão real quanto o amor de Caio Fernando Abreu em suas crônicas. E peguei o primeiro voo para sua cidade. Quando cheguei, você não acreditou. E pela manhã lá estava você, batendo na porta do quarto 14 as 10:00 horas da manhã.

Quando te vi, senti meu coração batucar como se fosse um solo de bateria cheio de contratempos e compassos acelerados. E você disse “oi” (e atrás de você tinha a garota mais louca do mundo, com um sorriso gigantesco.). Juro por Deus que apartir daquele momento, eu não queria mais sair da sua vida.

Nessa minha breve ida a sua cidade, vivi dias de sol, como se eu estivesse em um roteiro de um filme onde não há “bad trips”, nem vilões para nos separar. Pois lá, eu fui verdadeiramente feliz, e agora lembro com saudades da minha felicidade. Lembro com saudade do nosso roteiro de verão.

E assim segue o roteiro que nunca teve um fim, com saudades, com lembranças de uma aventura, com amor.


"O segredo do amor de Pierrot, se resume em um só nome. Colombina!"



(Estou meio sem tempo pra postar os textos que escrevo. Não gosto de fazer imperfeições. Mas sempre que possível, passarei aqui para postar algo!)



terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O desenrolar de um amor




Às vezes paro e olho pra trás pra refletir sobre o que o tempo modificou em relação ao que eu achava o que era o amor. E sabe, continuo achando a mesma coisa. Pois não é fácil amar, muito menos se declarar pra quem amamos, e muito mais difícil ainda, é o passar dos dias na convivência de um amor... Mas isso eu vou descrevendo no decorrer desse pensamento.

Antes de gostar de alguém, tudo parece tão normal, tão banal, tão sem sal. Ai do nada, por uma simples brincadeira, um olhar, ou afago inocente, tudo muda. E aquele mundo monótono se faz estranho e complicado de se entender como uma chuva em um outono no Brasil ou até mesmo como um dia nublado em pleno verão.

O primeiro passo é sempre o mais constrangedor, pois parece um plano mirabolante de desenho animado. Mas ai você vai descobrindo coisas em comum e aquele universo paralelo já nem parece tão distante assim, e mesmo assim as coisas brotam como as ondas no mar.. Uma atrás da outra, em uma sequência sem fim.

Logo, se descobre o que o outro gosta em um “estudo” detalhado e minucioso e aquele plano mirabolante, começa a ser posto em pratica. E pra conquistar quem se ama, vale tudo. Alguns que entregam flores e chocolates, outros que fazem declarações em um trio elétrico na faculdade, e tem uns mais loucos que correm pelados em plena Avenida Paulista com uma cartolina cheia de “Eu te amo Fernanda” pra tentar aparecer no jornal em rede nacional (Nunca vou esquecer essa cena Marcos).

Mas o que realmente te diferenciará, são as coisas mais simples e arcaicas. Como por exemplo: Ser um verdadeiro companheiro e estar sempre ao lado, falar ao telefone quase que direto, ou até mesmo fazer uma musica. E se nada disso colar, Sai correndo na avenida paulista!!! O mico vai ser grande, mas ela vai gostar! (kkkkkkkkkk)

Acho que me senti um adolescente ao pensar nisso tudo e ao fazer boa parte dessas coisas acima, mas realmente, o que vale, é ser sincero e respeitar a pessoa qual você ama. Seja ela quem for. Independente de cor, religião, classe social ou sexo. Amar é amar e nossa felicidade está interligada diretamente a isso.




domingo, 13 de novembro de 2011

O eco do silêncio




Essa não é mais uma carta de amor que escrevo. Na verdade, posso dizer que isso é um desabafo de alguém que ama solitariamente. Alguém que ouve, mas que jamais poderá ser ouvido...
    
Em meus passos lentos e frágeis, tentei trazer você para minha realidade. Com minhas palavras, tentei falar que era você que eu sempre quis por perto. Com minhas mãos tentei puxar-lhe para meu lugar, mas nossos mundos distintos e de diferentes realidades não deixaram que em você eu depositasse aquilo que guardei de melhor.

Com minhas simples palavras, tento chegar aos seus olhos. Tento trazer-lhe para meu presente. Mais que presente este que o destino me reservou? Um amor pelo qual não sei se posso arriscar, ou melhor, se devo arriscar? Por que luto por algo que entre linhas aprendi se na teoria tudo é mais pratico e fácil? Mais o amor (êita amor), palavrinha de quatro letras que não se encaixa em nenhuma regra além da gramatical. Difícil de por em prática, seja por uma simples amizade ou algo mais afetivo. Difícil de lidar, difícil de viver, difícil se livrar... Difícil de esquecer.

Não sei como lhe direi que de você eu só quero amor. Pode ser que eu pinte os pássaros com sua cor preferida, e ponha seu perfume em todas as flores de seu trajeto, ou talvez possa, quem sabe, até espalhar banners pela cidade toda com palavras de afeto, assinadas pelo apelido que só você sabe. Não sei o que fazer. Talvez, talvez a resposta disso tudo esteja em seu reflexo que olho na janela, pois nessa hora crio coragem de gritar para o mundo, que todo esse carnaval de sentimentos que em meu peito batuca é puro e verdadeiro, e que esse sentimento é único e é exclusivamente seu. Paro e penso, e na dúvida que me mata aos poucos, tudo se cala em mim. Emudeço, talvez assim, você perceba que o que eu sempre quis dizer é “Eu te amo”.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Uma simples declaração de nervosismo



Eu demorei alguns vários anos para admitir que te amo, e ainda não é fácil te falar isso.
Tento com todas as minhas forças, mas na hora “H” travo. É um nervoso inconstante que causa sensações estranhas. Minhas mãos parecem cachoeiras e meu corpo fica tremulo, ah, como é difícil dizer o que eu sinto por você.

Talvez isso nem seja amor, mas se isso não é amor, o que mais pode ser? Talvez seja uma ilusão inconstante, ou quem sabe sentimentos confusos, ou é amor mesmo? Quisera eu ter coragem de admitir isso pra você e dar um basta nessa dúvida cruel que minha timidez alimenta durante todo esse tempo.

“Para o tempo, não importa o minuto que passa e sim o que vem”, já dizia Machado de Assim, e é com esse pensamento que cheguei à conclusão que as folhas que caem no outono são como as várias partes de mim tentando dizer-te algo que sempre quis.

Agora você deve esta pensando que nada nessa “carta” faz sentido, mas isso tudo são pensamentos soltos, traduzidos em palavras, tentando com que você entenda o que nem eu entendo!

Só hoje vou ter coragem de declarar-me, e ter um ultimo suspiro de esperanças. Quem sabe amanhã estaremos andando em uma praça de mãos dadas, ou deitados em um parque olhando o vento moldar as nuvens no céu, quem sabe daqui a alguns anos estaremos casados?

Sonhar...  Sonhar... Não custa nada sonhar!

Resumindo tudo isso, pois eu falei, falei, e não disse nada!

EU TE AMO! (L)

Att: Seu fiel amigo



[Querido(a) leitor(a), perdoem-me por parafrasear tanto nesse texo, não foi intencional, só percebi quando analisei o texto novamente. Referencias não intencionais: Musicas de Jota Quest]

[Bia e Thalita, voltei a ativa, pelo menos uma vez na semana postarei aqui no blog]

quinta-feira, 17 de março de 2011

Todo carnaval tem seu fim



Ainda lembro como se fosse ontem daquele carnaval de 76. Eu como sempre sozinho em meio a aquela multidão de gente no baile, e você era a mais linda jovem de todas! Todas as garotas sentiam inveja de sua simplicidade, de sua pureza, beleza e doçura.

Você como a garota mais popular da escola, sempre tinha tudo e todos em suas mãos, e eu, seu melhor amigo e eterno apaixonado, aquele único que realmente se importava com o que você sentia, mas como eu disse, eu era só um amigo!

Ainda sinto o cheiro bom de seus cabelos e a fragrância de rosas que vinha de seu pescoço. Lembro-me da maciez de suas mãos que uniam-se as minhas e me puxava para o meio do baile com um lindo sorriso no rosto, deixando assim subentendido um vem dançar comigo. Naquele dia tínhamos conversado sobre o meu medo de dançar, mas você como sempre me fez entender que eu era capaz e que ao seu lado eu não precisava temer nada.

Em meio aos vários sorrisos, pensei só comigo o quanto eu tinha sorte por ter-la como amiga, e que mesmo desejando-lhe um pouco além, nada iria mudar entre nós se eu arriscasse um beijo. Foi ai então que eu a beijei, e para minha surpresa você retribuiu.

Parecia que alguém falava em minha cabeça “Você não está vivo se não estiver vivendo”, e eu me senti vivo naquele instante, eu poderia até me declarar sem parecer cafona, eu era capaz de tudo! Mas só consegui falar que se realmente todo carnaval tem seu fim, então que seja eterno em quanto dure!

Essa definitivamente não era uma história entre Pierrot e Colombina, era real! Só estamos vivos se deixarmos um pouco de lado a razão e agirmos com o coração, independente de quebrar a cara ou não, eu tinha que saber se realmente valia apena arriscar tudo, e valeu. Cada beijo, cada toque, cada suspiro, cada afago delirante de uma ardente paixão.

Depois do baile, lhe deixei perto de sua casa e pensei... “Faria tudo de novo sem medo de nada, pois não há barreiras para o amor. Seja amigo, ficante, namorado ou qualquer outra coisa, o importante é ser feliz e fazer os outros felizes, eu tenho a certeza que naqueles poucos momentos em que fomos um só, a felicidade fluía de nós!”

 (Foto do blog: A memoria esquecida)

[Queria desculpar-me pela demora a postar, é que ando meio "de mal" com meus textos, mas fizeram um pedido especial e aqui estou eu postando! Talita e Bia desculpa mesmo por ter sumido!]